Reflexão Ideológica

16 novembro 2008

JESUS, AMOR QUE ENSINA AMAR

- Essa devocional é apenas uma reflexão feita mediante a vergonha de uma pessoa por estar passando por problemas e não querer ir ao templo. Isso tudo me faz pensar que alguma coisa está errada no evangelho que pregamos. Parece que copiamos o modo fariseu e pregar e viver. Modo esse que gera vergonha em quem está cansado.
Mt 11:28-30
- O trecho começa no vs 25 quando Jesus se manifesta agradecendo ao Pai por ter olhado na multidão e dado atenção aos pequeninos. Se o conhecimento era um privilégio dos sábios e instruídos, o amor salvador de Deus era dirigido aos pequeninos (mesmo termo para criancinha) . E isso porque foi do agrado do Pai (26).
- Depois Ele declara que o conhecimento espiritual, que foi revelado aos pequeninos, só se deu a quem o Filho quis revelar (30). Portanto, é algo especial para quem Ele quis mostrar. O Pai se revela ao Filho e este olha para as criancinhas e lhes mostra o Pai.

I) Convite aos carentes de amor e graça
- O chamamento de Jesus é aproximai-vos de mim, vinde a mim. Criancinhas não eram bem vindas nas reuniões formais da religiosidade judaica, mas o amor do Pai não estava apontado para aqueles que se achavam adultos, seguros, cheios de si, embriagados por sua própria capacidade de viver e de dirigir-se. O amor do Pai é para aquele que se sente em necessidade, como as criancinhas numa grande caminhada.
- A figura trasferida aos “adultos” é: todos os que estais cansados e sobrecarregados. O sentido da palavra aqui é: venham todos os que se sentem esgotados da caminhada, cansados de tanto peso.
- Ao ouvir uma pessoa em prantos dizer: “não tenho ido à igreja esses dias porque não estou em condições de sorrir, de abraçar de agradar todo mundo.” , lembrei-me dessa palavra de Jesus. A religiosidade formal condiciona nosso estado espiritual e emocional. Precisamos estar sorridentes, alegres nessa grande caminhada. Porém, o olhar amoroso e gracioso de Jesus é exatamente para quem está debilitado, cansado, com dificuldade.
- Com esse foco Jesus promete: vem e eu vos aliviarei, darei descanso, darei refrigério, Se pensarmos a figura de uma caminhada de multidão, Jesus está dizendo para que aqueles e aquelas que se sentem cansados que se quiserem vir a Ele há disposição de ajudar, de dar apoio, água, carona... enfim... alívio.
- Portanto, a proposta de Jesus é clara e concisa: Ele não está focado no adulto e sim na criancinha; não no são e sim no doente; não nas 99 ovelhas e sim na que se perdeu e está sozinha, perdida e ferida; não nas dracmas guardadas e sim na perdida; não no filho que sente em casa e sim no que está perdido sem se sentir mais filho.
- Algumas lições se tornam possíveis aqui:
a) Aos que ainda vivem sem entregar suas vidas a Cristo e sentem a alma vazia, seca, árida, cansada o olhar de Jesus o foca e o convite é feito.
b) Aos que já entregaram suas vidas a Cristo e sentem que a caminhada está difícil outra vez o Espírito Santo faz o papel de Jesus agora entre nós e Ele é o Companheiro que partilha nossos cansaços e sobrecargas, portanto, o olhar do Cristo continua estendido e o convite continua sendo feito: não andeis ansiosos de coisa alguma...

2. Proposta de amar e distribuir graça
- Jesus está fazendo uma proposta transformadora de valores e de vidas. Uma pessoa não pode vir a Ele sem disposição de submissão. Tomar o jugo é colocar uma “canga”, ou, aquela armação de madeira que ligava um boi no outro. Ele está dizendo venha viver comigo e aprender meu modo de viver.
- Portanto, Jesus está dizendo para os caminhantes: proponho que vocês aprendam um viver que não carrega cargas e não coloca cargas sobre os outros. O estilo dEle era simples:
­- Porque sou manso e humilde de coração. Ali estava um grande mestre judeu, rabi, Filho de Deus, explicando duas grandes formas de viver: mansidão e humildade. Ser manso é ser suave, ser meigo. Nada da rigidez, da dureza, de uma quase crueldade dos mestres fariseus que dirigiam a religiosidade daquele tempo. Ser humilde é viver como menos do que se é. Descrevendo o Cristo em Filip. 2 Paulo evocou essa característica de Jesus. Ele era Deus e esvaziou-se de si mesmo para viver como homem.
- Ao contrário da rigidez e arrogância dos outros mestres, Jesus estava convidando pessoas para aprenderem com Ele, pois seu ensino, o ensino da graça, gera descanso para alma, gera paz na alma, gera vida na alma.
- Jesus não chama ao individualismo irresponsável e inconsequente, chama a um estilo de vida comprometido com Ele, mas é um compromisso de suavidade e de leveza.
- O apóstolo João resume em I Jo 5:1-3 o resultado do seguir e viver os ensinamentos de Jesus: “ Todo aquele que crê que Jesus é Cristo é nascido de Deus; e todo aquele que ama ao que o gerou também ama ao que dele é nascido. Nisto conheceremos que amamos os filhos de Deus: quando amamos a Deus e praticamos os seus mandamentos. Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; ora, os seus mandamentos não são penosos.”

- Jesus estava ensinando aos seus seguidores essa nova proposta e a sequência do texto apresenta como funcionava o velho estilo de ensino (Mt 12:1-13): não se pode colher comida no sábado mesmo quando se está com fome e não se pode curar no sábado ainda que o curado estivesse sofrendo. Essa forma de viver dEle gerou o que diz em Mt 12:14: Retirando-se, porém, os fariseus, conspiravam contra ele, sobre como lhe tirariam a vida.

- Ele estava contrapondo-se ao ensino religioso que matava e ensinando um que gerava vida; um ensino que gerava sobrecarga e ensinando um que gerava descanso para alma; um ensino proveniente de corações rígidos e arrogantes e ensinando um de coração manso e humilde
- Não sei do que você pode estar cansado hoje, mas sei que Jesus olha para ti e diz: vem. Estou disposto a aliviar o teu cansaço, de dar perdão, te dar descanso para alma.
- Mas também diz: e quero te fazer alguém que aprenda gerar alivio, perdoar e produzir descanso nos corações dos outros.
- Quem não está no primeiro caso ou não tem consciência de seu estado ou já se depositou nos braços do Cristo e tem sido aliviado todos os dias. Mas se for este o caso, precisa ser promotor de paz e de alivio, portanto, ninguém precisa fugir dele ou representar sorrisos o tempo todo para ele.