Reflexão Ideológica

04 setembro 2006

Um Estado na Contramão

É muito estranho quando vivemos num lugar, amamos, torcemos, participamos e o vemos caminhando na contra mão da história. Rondônia, muitas vezes, é assim.
A Cachoeira do Teotônio (enquanto a temos) é um lugar lindo, mas tem se tornado lugar de morte. Na época da piracema pessoas e peixes morrem mais do que é necessário. Não há fiscalização, não há orientação, não há nada por parte do Estado.
Peixes estão sendo destruídos de forma indiscriminada, excesso de redes, excesso de pescas e excesso de desperdício, pois muitos são jogados fora e alí se decompõem.
No mundo inteiro isso é antiquado. Aqui é normal.
Aqui, deputados têm possibilidades de serem reeleitos presos. É o cúmulo do absurdo. Aqui é normal.
Em todos os lugares os governantes são ponderados e têm bom senso para saberem que eles são os moderadores dos processos, inclusive quanto às manifestações contrárias ao seu governo. Aqui o governador afronta o bispo de uma diocese como se fosse um garoto zangado na escola.
No mundo inteiro as queimadas são consideradas atrasadas e destruidoras. Aqui a fumaça toma conta das vidas das pessoas e a destruição da floresta é tida pelos governantes como preparo para o desenvolvimento.
Que a escuridão não nos cegue de vez.